Sucesso nos carnavais de 2016 e 2017, a campanha “Como não ser um Babaca
no Carnaval”, criada pela Prefeitura do Recife (PCR), volta em 2018
mais uma vez batendo na tecla do combate à violência contra a mulher
durante a folia. Pensada para o ambiente digital, pela equipe do
Gabinete de Imprensa – Gerência de Presença Digital da PCR, em parceria
com a Secretaria da Mulher, a campanha tem o objetivo de estimular o
debate sobre assédio e a violência de gênero, utilizando um formato bem
humorado e lúdico, que desconstrói comportamentos machistas
naturalizados durante o carnaval. Ao invés de “pegador” ou “machão”, a
campanha apresenta o homem assediador ou violento como inadequado, “sem
noção”, ou até criminoso.
Em 2018, foi criado um personagem para representar esse homem – o
“Mamão”. “Mamão” é uma gíria local que significa “babaca”, “bobão”. O
“Mamão” faz tudo errado, e o manual o “ajuda” a rever seu comportamento,
dando dicas sobre como se portar da maneira correta com as mulheres.
São 15 “cards” que ilustram situações diversas, sempre buscando
desconstruir conceitos que historicamente vêm sendo usados para
justificar a violência, como a roupa ou o estado em que a mulher se
encontra. A ideia é reforçar que o consentimento é a medida da diversão,
que assédio é diferente de paquera, e que a vítima jamais é culpada da
violência que sofre.
Para a criação das peças, a dupla Elisa Andrade Lima e Heitor Pontes
dialogou com as ilustrações que compõem a decoração do Carnaval do
Recife em 2018, e fez referências nos textos a canções que são clássicos
da festa na cidade. Além disso, a campanha divulga os canais oficiais
de apoio às vítimas, e reforça a necessidade de denunciar qualquer tipo
de violência contra a mulher.
FONTE: CARNAVAL RECIFE
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