O G.R.E.S. Unidos de Vila
Isabel informa que todas as suas atividades estão suspensas por tempo
indeterminado. A medida inclui a semifinal de samba-enredo e a final do
concurso de escolha da 2ª porta-bandeira que aconteceriam nesta
sexta-feira, dia 30 de setembro. A decisão foi tomada em virtude de
notificação judicial recebida pela agremiação e pela Liga Independente
das Escolas de Samba nesta semana, penhorando o valor R$ 2.040.670,97 de
nossa conta bancária. Explicaremos abaixo os fatos que resultaram neste
infeliz episódio:
O fornecedor Jaime Bernardino Ferreira
de Albuquerque, mais conhecido como Jaiminho, cobrava da Unidos de Vila
Isabel uma dívida no valor de R$ 1.296.000,00 oriunda do ano de 2011.
Faltando três dias para renunciar ao cargo, e já com a carta de renúncia
redigida, o ex-presidente da agremiação, Luciano Ferreira, firmou
acordo judicial fixando o parcelamento da dívida em sete parcelas de R$
185.142, 85. Os pagamentos seriam efetuados mensalmente de junho a
dezembro de 2016.
Cabe ressaltar que o advogado da Unidos
de Vila Isabel à época, Dr. Sylvio Capanema, discordou dos termos do
acordo e não assinou os documentos, ato consumado pelo Dr. Evandro de
Araújo Pinheiro, advogado contratado por Luciano Ferreira.
Ao assumir a administração da escola, o
atual presidente Levi Junior, buscou um novo acordo com o fornecedor em
questão. O objetivo era fazer com que os pagamentos não onerassem o
orçamento e impossibilitassem que a agremiação pudesse fazer o seu
carnaval. Jaime Bernardino Ferreira de Albuquerque mostrou-se receptivo à
investida, e sugeriu que a dívida fosse abatida mediante comissão por
um enredo patrocinado que o mesmo conseguiria para a Unidos de Vila
Isabel.
A agremiação disponibilizou cartas de
intenção e todo o material disponível para procuração, mas a
possibilidade de enredo não se consumou e um novo acordo foi selado.
Neste, Jaime Bernardino seria o fornecedor principal da Unidos de Vila
Isabel, e teria sua dívida abatida recebendo valores um pouco acima que
os praticados no mercado, até que a quantia fosse quitada. A diferença
entre os preços praticados pelo reclamante e a média do mercado, porém,
começaram a ultrapassar demais os limites acordados previamente, e a
Unidos de Vila Isabel decidiu cancelar o acordo.
Jaime Bernardino Ferreira de
Albuquerque, que possui relação de amizade com o ex-presidente da
agremiação, Wilson Viera Alves, o Moisés, impetrou então a ação que dá
origem a esta decisão tomada pela diretoria da Unidos de Vila Isabel.
Caso a situação permaneça desta maneira, a Unidos de Vila Isabel declara-se incapaz financeiramente de fazer o Carnaval 2017.
Veja o Acordo Original
FONTE: CARNAVAL CARIOCA
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